Brasil corre o risco de dar novo calote a OIC

Resultado de imagem para conselho nacional do cafe
O Brasil corre o risco de dar um novo calote no pagamento da taxa anual devida à Organização Internacional
do Café (OIC) em decorrência da crise fiscal. O orçamento garantido até agora pelo governo para pagar a
anuidade em 2018 de R$ 805,1 mil, ou 177,7 mil libras esterlinas, equivale a apenas 49% do valor total
devido pelo país.
O Conselho Nacional do Café (CNC), entidade que representa o setor cafeeiro, já cobrou dos ministros
Dyogo Oliveira (Planejamento) e Blairo Maggi (Agricultura) que o governo complemente o orçamento
necessário para honrar o montante integral de 358,9 mil libras esterlinas exigido pela OIC (R$ 1,63 milhão).
Segundo o CNC, o Brasil tem até o próximo dia 30 de março para sanar a pendência, já que a próxima
reunião anual do organismo internacional ocorrerá entre 9 e 13 de abril na Cidade do México.
"Na condição de principal player mundial do café -- maior produtor e exportador e segundo maior
consumidor --, entendemos que o Brasil não pode se omitir dessa responsabilidade e precisa ter papel ativo
no fórum que reúne os governos dos países produtores e consumidores de café e em suas reuniões
semestrais, principais indústrias e traders que adquirem os cafés nacionais", disse o CNC, em nota divulgada
nesta sexta-feira.
Pelo estatuto da OIC, os 77 países-membros precisam pagar a contribuição anual para terem direito a voto
nas instâncias da entidade. No fim de 2015, o Brasil chegou a ser excluído de comitês especializados da
OIC, por ter pago apenas parte da taxa cobrada à época.
Em seu comunicado, o CNC ainda reiterou que "o não pagamento de nossa contribuição anual integral até
30 de março passará a imagem de um setor enfraquecido para os compradores de nossos produtos e também
aos demais exportadores".
Fonte: Valor

Comentários