Universidade da Califórnia divulga primeira sequência pública do genoma do café arábica. E broca-do-café infesta plantações no Havaí. Esses destaques constam do Relatório do Bureau de Inteligência do Café
Com relação às importações de café pelos principais compradores da Ásia, o Bureau destaca que no período citado, as compras totais dos cinco países asiáticos mencionados anteriormente tiveram incremento de 27,95%. Contudo, o Japão importou mais da metade de todo o café desse grupo de países em 2015, mas seu crescimento em relação especificamente a 2006 foi de apenas 3,27%. Dessa forma, em termos de crescimento, os destaques da importação de cafés ficaram para China e Malásia, com aumentos de 217,81% e 139,90%, respectivamente. Filipinas e Coreia do Sul também apresentaram crescimento expressivo, próximo de 60%.
Com relação ao Vietnã, segundo maior produtor mundial, principalmente de café robusta, em termos de crescimento percentual, as exportações para os cinco países analisados aumentaram 54,79%. O Brasil, maior produtor mundial, aparece em seguida com 24,84% de incremento; a Colômbia, depois, com 13,28% de aumento; e a seguir vem a Indonésia, com redução nas exportações de 5,54%. De acordo com o Relatório do Bureau de Inteligência Competitiva do Café (Vol. 6/Nº 01/28-2-17), que está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, esses dados demostram de forma cabal que o Vietnã se beneficiou da proximidade geográfica, por também se encontrar na Ásia, e da grande demanda por café robusta, que é o mais utilizado pela indústria nesse continente.
Entretanto, conforme indica o Relatório, o desempenho do Brasil pode ser considerado satisfatório, pois as exportações brasileiras de café aumentaram quase na mesma proporção do aumento das importações do grupo asiático analisado. Isso indica que o café brasileiro não perdeu mercado, embora a maior parte das exportações nacionais continua sendo direcionada para a Europa e Estados Unidos. Assim, o Bureau alerta que é importante o País consolidar e abrir mais mercado na Ásia, região na qual as estimativas indicam que ocorrerá grande parte do aumento da demanda mundial por café nas próximas décadas.
Genoma do Café – O Relatório do Bureau também destaca que pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Davis – EUA, divulgaram a primeira sequência pública do genoma de Coffea arabica, a qual está postada no site do ‘Phytozome.net’, um banco de dados público sobre o genoma de plantas. Com esse sequenciamento, segundo o Bureau, essa espécie de café, que é a mais cultivada no mundo, poderá ter novas variedades com melhores características de adaptabilidade e qualidade.