A taxa de desmatamento estimada pelo Prodes 2016 indica um aumento de 28,7%em relação a 2015, ano em que foram medidos 6.207 km2. A taxa foi a maior dos últimos oito anos, mas o Inpe observa que representa uma redução de 71% em relação à registrada em 2004, ano em que foi iniciado pelo governo federal o Plano para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm), atualmente coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Em termos relativos, o Amazonas registrou maior aumento no desmatamento, com expansão de 54.4%. O corte raso passou de 712 km2 em 2015, para 1.099 km2 em 2016. Em termos absolutos o crescimento foi mais expressivo no Pará, onde o desmatamento passou de 2.153 km2 para 3.025 km2.
Por meio do Prodes, o Inpe realiza o monitoramento sistemático na Amazônia Legal e produz, desde 1988, as taxas anuais de desmatamento na região, que são usadas pelo governo brasileiro para avaliação e estabelecimento de políticas públicas relativas ao controle do desmatamento ilegal. Os dados embasam ações como a Moratória da Soja e Termo de Ajuste de Conduta da cadeia produtiva de carne bovina, entre outras iniciativas.
O mapeamento utiliza imagens do satélite Landsat (30 metros de resolução espacial e frequência de revisita de 16 dias) ou similares, numa combinação que busca minimizar a cobertura de nuvens, para registrar e quantificar os eventos de desmatamento com áreas maiores que 6,25 hectares. Considera-se como desmatamento a remoção completa da cobertura florestal primária por corte raso, seguida ou não por ocorrência de fogo e independentemente da futura utilização destas áreas.
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