Multa diária para navios que estão aguardando para atracar é de US$ 20 mil e frete de cargas já subiu 50%
Os problemas de logística provocados por uma safra estimada em 185 milhões de toneladas e nenhum investimento em infraestrutura fazem com que os carregamentos de soja atrasem para chegar aos terminais de descarga nos portos de Santos (SP) e de Paranaguá (PR). E as consequências imediatas já estão aparecendo: nesta semana, algumas empresas começaram a cancelar os contratos de compra com o Brasil, o preço mundial da soja caiu 4% e o custo de transporte da oleaginosa vinda do Mato Grosso, principal Estado produtor, até o porto, subiu 50%. Hoje, de acordo com o Instituto Mato grossense de Economia Aplicada (Imea), já se pratica o valor de R$ 300 por tonelada transportada. No ano passado, no mesmo período, cobrava-se R$ 218 por tonelada.
Mendes também cita que, do outro lado do porto, no mar, os navios das importadoras, algo em torno de 60 embarcações, estão aguardando para poder atracar e serem carregados com o grão. “Cada dia parado custa ao exportador US$ 20 mil”, afirma. Em Santos, alguns navios estão parados há 30 dias. O executivo lembra, porém, que não é apenas a falta de investimento nas estradas e nos portos que estão prejudicando os embarques. “O tempo também não colabora. Com chuva, não há embarque de soja em nenhum porto”.
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