Desmatamento na Amazônia Legal cresce 28,7% para 7.989 km

Resultado de imagem para desmatamento da amazoniaA estimativa da taxa de desmatamento na Amazônia do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foi finalizada e apontou uma taxa de 7.989 km2 de corte raso no período de agosto de 2015 a julho de 2016.

A taxa de desmatamento estimada pelo Prodes 2016 indica um aumento de 28,7%em relação a 2015, ano em que foram medidos 6.207 km2. A taxa foi a maior dos últimos oito anos, mas o Inpe observa que representa uma redução de 71% em relação à registrada em 2004, ano em que foi iniciado pelo governo federal o Plano para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm), atualmente coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Em termos relativos, o Amazonas registrou maior aumento no desmatamento, com expansão de 54.4%. O corte raso passou de 712 km2 em 2015, para 1.099 km2 em 2016. Em termos absolutos o crescimento foi mais expressivo no Pará, onde o desmatamento passou de 2.153 km2 para 3.025 km2.
tabela-desmatamento (Foto: Inpe)
Por meio do Prodes, o Inpe realiza o monitoramento sistemático na Amazônia Legal e produz, desde 1988, as taxas anuais de desmatamento na região, que são usadas pelo governo brasileiro para avaliação e estabelecimento de políticas públicas relativas ao controle do desmatamento ilegal. Os dados embasam ações como a Moratória da Soja e Termo de Ajuste de Conduta da cadeia produtiva de carne bovina, entre outras iniciativas.
O mapeamento utiliza imagens do satélite Landsat (30 metros de resolução espacial e frequência de revisita de 16 dias) ou similares, numa combinação que busca minimizar a cobertura de nuvens, para registrar e quantificar os eventos de desmatamento com áreas maiores que 6,25 hectares. Considera-se como desmatamento a remoção completa da cobertura florestal primária por corte raso, seguida ou não por ocorrência de fogo e independentemente da futura utilização destas áreas.

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