Cafeicultores protestam em Três Pontas-MG

Cerca de dois mil cafeicultores participaram de uma manifestação do movimento intitulado 'Acorda Cafeicutura' nesta quinta-feira (04/07) em Três Pontas-MG,para sensibilizar a sociedade e os governantes sobre a situação difícil em que a cafeicultura se encontra, segundo números da Polícia Militar. Os manifestantes fecharam trevos das oito estradas que dão acesso ao município com barricadas de pneus incendiados.

De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), a Rodovia MG-167, que liga Três Pontas a Varginha (MG), foi a que registrou a maior concentração de manifestantes. 




Desde as 5 horas da manhã, grupos de cafeicultores estão com máquinas, tratores e veículos bloqueando todos os pontos de entrada e saída do município – na MG 167, saída para Varginha e Santana da Vargem, saída para Campos Gerais e Carmo da Cachoeira, próximo da Fábrica de Brinquedos Estrela, no Jardim Greenville, saída para Santana pelo bairro Cidade Jardim. 

Por volta das 5:30, produtores colocaram fogo em palha de café em todas as saídas. Polícia Militar, Polícia Militar Rodoviária Estadual e do Meio Ambiente. Eles deixarão estes pontos por volta de 9 horas quando eles fazem uma passeata que vai se encontrar na Praça Cônego Victor, onde percorrerão algumas ruas do comércio, empunhando faixas, cartazes e utilizando nariz de palhaço. 

O movimento acompanha a onda nacional de protestos e demonstra a insatisfação. Desoneração fiscal dos insumos de produção do setor foi um dos destaques das requisições dos manifestantes, que reforçaram ainda que o baixo preço de comercialização do café não cobre os custos da produção já que o preço mínimo estipulado é de R$ 340 a saca, mas que hoje custa R$ 307. De acordo com eles, os custos da produção são de R$ 370.

O setor produtor da cafeicultura nacional, vivencia, há anos, uma situação complicada: a falta de renda da produção de café arábica brasileiro e o conseqüente endividamento da atividade, o custo da produção devido aos aumentos excessivos dos insumos e as adversidades climáticas são os principais problemas enfrentados. O movimento 'Acorda Cafeicultura' entende que uma mobilização social é uma garantia democrática, mas, defende que seja realizada de maneira a garantir a segurança dos envolvidos, pacífica e tranquila.

Após o bloqueio na rodovia, os manifestantes se dirigiram para a Praça Cônego Vitor, no Centro de Três Pontas. O presidente da Associação Comercial da cidade, representantes de sindicatos e trabalhadores rurais, além de integrantes de cooperativas de café, participaram dos protestos.

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