Recado Análise de Mercado

Mercado - As cotações internacionais do arábica e do robusta acumularam perdas até a quinta-feira. Na bolsa de Nova York, o contrato C, com vencimento em julho de 2013, recuou 580 pontos em relação ao fechamento da semana anterior. A continuidade das especulações sobre o volume disponível de café no Brasil e incertezas quanto aos resultados da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) - adiada para 29 de abril - puxaram essa tendência. A forte queda do conilon no terminal londrino também tornou difícil a sustentação dos preços do arábica, com o distanciamento da arbitragem entre as bolsas.

Os contratos do robusta na Euronext Liffe, com vencimento em julho de 2013, depreciaram-se cerca de US$ 107 por tonelada, indicando realização de lucros após os elevados patamares da semana anterior. Contribuiu para esse cenário a notícia de antecipação do início do período chuvoso no Vietnã, pois os agentes de mercado especulam que a colheita poderá começar mais cedo naquele país e que as exportações serão mais elevadas no último trimestre deste ano.

Porém, as perspectivas no médio prazo para o robusta continuam de preços firmes, pois a demanda está aquecida, os estoques não têm apresentado variação positiva significativa, as exportações vietnamitas deverão cair 30,4% em abril frente ao mês anterior e a Indonésia também registra baixos volumes de embarques.

No mercado doméstico, a colheita do robusta está ganhando ritmo, mas a comercialização é pontual. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) avalia que as sacas do café colhido na safra passada estão apenas de R$ 5,00 a R$ 10,00 superiores ao valor negociado pelo produto recém-colhido. A volatilidade do mercado e a expectativa quanto às medidas a serem adotadas pelo Governo Federal no apoio à comercialização do café refletiram no fechamento de poucos negócios de ambas as variedades.

A matéria é do CNC

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